O maior evento de decoração que acontece há mais de 30 anos continua surpreendendo: a Casa Cor 2018 abrigou como tema a "Casa Viva", incorporando muitos elementos naturais, paisagismo exuberante e as múltiplas definições do que torna o lar o nosso refúgio e a extensão de nossa alma. Repleto de espaços integrados, amplos, coloridos e vivos, a Casa Cor apresentou 3 circuitos distribuídos em 81 espaços. Abaixo vocês poderão ver um pouco mais da minha análise dos espaços que mais geraram atração.
No espaço acima podemos ver e sentir um forte contraste do verde das plantas com a escolha da tonalidade vermelha, criando um dinamismo ao espaço destinado à convivência, troca de experiência ou o simples relaxar e contemplar do espaço que ainda tem como um maior atrativo sua iluminação zenital, que promove um ambiente ainda mais acolhedor ao anoitecer.
Na Casa Cor 2018 está presente diversos elementos da natureza, como pedras, diferentes espécies de plantas que possuem a finalidade estética, funcional (no quesito de melhor qualidade do ar, possibilidade de sombras), mas também como pano de fundo para diferentes cenários, seja ele um pequeno jardim ou grandes extensões que emolduram os ambientes internos, como é o caso da Casa Syshaus assinada por Arthur Casas:
Outro ponto muito relevante da Mostra é a tendência de exposição das peças, objetos e utensílios do cotidiano como forma de complementar a decoração e torná-la mais humanizada. A Casa Cor está com o propósito de cada vez mais humanizar os espaços ao mesmo tempo em que promove muita dramatização e cenografia, conquistando os visitantes e profissionais a se inspirar das mais diferentes maneiras. A exposição dos utensílios foi utilizada no projeto de alguns profissionais, e o destaque fica para a Casa Menir, do escritório Très Arquitetura, trazendo muito aconchego e rusticidade ao espaço:
Texturas e combinações de cores inusitadas aplicadas em espaços sociais, públicos e até íntimos
No três circuitos propostos pela Mostra, foram utilizadas composições de cores contrastantes, seja para espaços residenciais ou públicos, como era o caso de alguns dos banheiros. A respeito de texturas e estampas, a mistura de padronagens florais com geométricos também se fez presente, incluindo até mesmo a aplicação de estampas em superfícies pouco utilizadas, como foi o caso do ambiente projetado pela arquiteta Juliana Pippi, onde o sofá tem uma tonalidade rosácea e apresenta estampa lavada em todo assento e encosto, evidenciado à peça ao restante da decoração:
Nova linguagem o tradicional: a Casa Cor deste ano mostrou novos propósitos e finalidades de alguns materiais e superfícies para a composição final do espaço. Estamos habituados à cubas e bancadas retilíneas e uniformes em um banheiro ou uma sala de estar com uma simples mesa de centro ou composição de mesas menores. Para isso, trago como destaque o projeto de mais um banheiro público que utilizou o tecido do couro como suporte para as cubas e criou um efeito deslumbrante, unindo organicidade à autenticidade.
Em um segundo momento, temos no projeto do escritório Negrelli&Teixeira a proposta de eliminar a mesa de centro e inserir um grande bloco de pedra com água, criando uma espécie de aquário aberto com funções também de purificação do ar e até mesmo uma temperatura mais amena para o local. Confira os registros abaixo:
Por fim, o último destaque fica para o uso de revestimentos e materiais sustentáveis e artesanais. É o caso dos tradicionais ladrilhos hidráulicos que preencheram vários espaços da Mostra e tem como seu destaque o lado artesanal de cada peça, a tradição e a disposição diversa de cores, proposta de uma das mais tradicionais empresas do mercado, a Ladrilar. Abaixo, alguns modelos aplicados nos ambientes da paisagista Catê Poli e a arquiteta Naomi Abe:
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